09/10/2017
10/10/2017
MINICURSO 2: Quadrinhos como fonte para a história das religiões e das religiosidades: uma perspectiva interdisciplinar
MINICURSOS
MINICURSO 1: A Revisão Sistemática da Literatura na perspectiva da Pesquisa Interdisciplinar
MINISTRANTE: Prof. Jarbas Campelo Feitosa Filho - PGCult/UFMA e Prof. Jean Carlos da Silva Monteiro – Mestrandos do PGCult/UFMA
RESUMO: O objetivo deste minicurso é apresentar orientações práticas para elaboração de Revisão Sistemática da Literatura (RSL) oferecendo o passo a passo do delineamento desta metodologia de pesquisa que visa identificar, selecionar, avaliar e sintetizar as evidências relevantes de produções científicas disponíveis na Internet. A RSL requer uma questão clara, critérios bem definidos e uma conclusão que forneça novas informações com base no conteúdo analisado. Busca-se, então, viabilizar informações sobre revisões bem estruturadas, que podem auxiliar na atualização de novas investigações na perspectiva da Pesquisa Interdisciplinar.
MINISTRANTE: Prof. Márcio dos Santos Rodrigues (Doutorando em História pela UFPA/Bolsista Capes) Diretor da coleção Estudos das Histórias em Quadrinhos/Editora Prismas
RESUMO: As relações entre as histórias em quadrinhos (também conhecidas por HQs) e religiões são mais complexas e amplas do que aparentam à primeira vista. Como forma de demonstrar tais vínculos, propomos aqui o exame das aproximações entre HQs e diferentes sistemas de crença, ao longo do tempo e em diversas tradições quadrinísticas. A presente proposta de minicurso tem como função contribuir, em um nível específico, para o aprofundamento de pesquisas sobre objetos da cultura da mídia e, em escala mais abrangente, para a história das religiões e religiosidades. Este campo, em particular, tem conferido pouca atenção aos produtos da cultura da mídia, de forma similar aos demais campos da História. Fontes fílmicas, por exemplo, são ocasionalmente matéria de interesse nesse campo e ocasionalmente rendem trabalhos interessantes de natureza interdisciplinar. Todavia, se considerarmos o número de pesquisas com esses objetos e compararmos com o número de demais estudos no campo, veremos que tais fontes da cultura da mídia ocupam uma parte muito irrisória em termos de abrangência e potenciais usos. É raro encontrar no campo história das religiões e religiosidades trabalhos cujo enfoque sejam temas e objetos de incontestável alcance na contemporaneidade como, por exemplo, os quadrinhos, filmes de entretenimento – ditos “mais comerciais” –, videogames e desenhos animados. Nesse sentido, o minicurso busca contribuir para expandir horizontes. Quadrinhos aqui são compreendidos não apenas como suporte de ideias ou mero entretenimento, mas como práticas culturais capazes de traduzir sentimentos, ideias e percepções. Tais objetos são capazes de expressar posicionamentos distintos com relação às espiritualidades. Busca-se então problematizar algumas questões e temas: a relação desses objetos com o sagrado em diferentes sistemas de crença - ocidentais e orientais; as transposições de textos religiosos para a linguagem das HQs; a apropriação de narrativas míticas no âmbito das narrativas gráficas e a relação das Igrejas com produções quadrinísticas.
Tópicos a serem desenvolvidos:
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Apontamentos teórico-metodológicos para a pesquisa sobre quadrinhos;
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Quadrinhos e o cenário religioso atual/Quadrinhos e (in)tolerância religiosa;
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Messianismo judaico no universo das HQs: de Superman à Shaloman;
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Mitos e politeísmos em Jack Kirby;
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A presença das religiões orientais no meio quadrinístico;
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O Espiritismo kardequiano nas HQs;
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Figurações cristocêntricas do diabo, do inferno e do sabat nos quadrinhos;
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O Islã vai aos quadrinhos;
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Pajelança e xamanismo nas narrativas gráficas;
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Aproximações e distanciamentos entre HQs e religiões de matriz africana.
MINICURSO 3: Mapas conceituais na educação - explorando o cmaptools e o bubbl.us
MINISTRANTE: Profª. Drª. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues – Professora do PGCut/UFMA.
RESUMO: Mapas conceituais na educação são metodologias inovadoras que servem para inúmeros fins, seja como estratégia de ensino e aprendizagem, seja como ferramenta de avaliação. Um mapa conceitual é uma estrutura gráfica que ajuda na organização de ideias, conceitos e informações de modo esquematizado, onde emergem de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes.Adotar na educação é por nas mãos do aluno uma ferramenta de estudo e aprendizagem, onde o conteúdo disponibilizado para leitura é classificado e hierarquizado de modo a auxiliar na compreensão do indivíduo que o analisa.No mapa, o aluno ao criar representações gráficas, demonstra as ligações entre os diferentes assuntos que fazem parte do material que está estudando. Os mapas têm como base a teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel, por colocar em evidência os novos conhecimentos que se ligam significativamente aos conhecimentos preexistentes no aluno.Na construção de seus mapas, os alunos vão ligando as informações novas às que já possui, além de dar ênfase a certos conceitos já conhecidos, dando margem para uma experiência enfatizada com estes mesmos elementos e que gera uma aprendizagem permanente.Permite, assim, que se tenha uma melhor visualização de um processo ou ideia, da classificação dos diferentes graus de importância expressos na ramificação de ideias ou assuntos. Como ferramenta de avaliação possibilita avaliar o que o aluno já sabe. O importante não é se esse mapa está certo ou não, mas se ele dá evidências de que os alunos estejam aprendendo significativamente o conteúdo, conseguindo estabelecer dimensões e ligações conceituais.Portanto, a análise de mapas conceituais precisa ser essencialmente qualitativa, onde o professor deve interpretar a informação dada no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem significativa. O Cmap.tools e o Bubbl.us são duas ferramentas de construção de mapas conceituais. A primeira exige o seu download e permite a construção ilimitada de mapas. A segunda é um serviço online gratuito, mas limitado ao nível da quantidade de mapas (apenas 3). Após essa quantidade o usuário precisa migrar para uma conta paga podendo criar ilimitadamente os mapas. Entretanto, é mais lúdico e mais dinâmico do que o Cmap Tools. Ambas as ferramentas permitem o compartilhamento dos mapas para apresentações digitais no Word, Powerpoint, Prezi, entre outros. Seja qual a ferramenta for adotada, o que importa é que seja também elemento de evidência para o próprio aluno do quanto e do que está aprendendo. Esta metodologia proporcionar um elemento que evidencia o que aluno sabe, liberta-o de aprendizagens meramente memorísticas. O professor tem aí uma ferramenta de investigação dos conhecimentos prévios do aluno e da sua capacidade em conseguir estabelecer ligações com os novos conceitos debatidos.
MINICURSO 4: As bases epistemológicas do pensamento complexo
MINISTRANTE: Prof. Dr. Edmilson Felipe da Silva – PUC/SP.
RESUMO: O objetivo deste minicurso é apresentar ao público acadêmico as bases que fundamentam a dinâmica do pensamento complexo, bem como sua necessária aplicabilidade nas mais variadas áreas. Seguindo a linha de raciocínio apontada por Edgar Morin, que analisa o conhecimento como um sistema hipercomplexo ou a espiral na qual se comunicam “o organismo individual, o sistema genético, o meio ambiente ecossistêmico, o sistema sociocultural”, o curso pretende aprofundar questões como: transdisciplinaridade, conhecimento, memória, funções, disfunções, consciência (consciência objetiva e subjetiva) aos estudos da educação e arte.
REFERÊNCIAS:
Capra, F. A teia da vida (Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos). Trad. Newton Roberval Eichemberg – São Paulo: Cultrix, 1996.
Gould, S. J. Dinossauro no palheiro (Reflexões sobre história natural). Trad. Carlos Afonso Malferrari - São Paulo: Cia das Letras, 1997.
MORIN, E. O método 3. O conhecimento do conhecimento. Trad. Juremir Machado da Silva - Porto Alegre: Sulina, 2015.
_________. O método 4. As ideias (habitat, vida, costumes, organização). Trad. Juremir Machado da Silva – Porto Alegre: Sulina, 2001.
_________. O método 5. A humanidade da humanidade. Trad. Juremir Machado da Silva – Porto Alegre: Sulina, 2002.
Nicolescu, B. O manifesto da transdisciplinaridade, São Paulo, Tirom. 1999.
Edgar Morin. Projeção de filme (Edgar Morin – Coleção Grandes Educadores).
11/10/2017
MINICURSO 5: Algumas aproximações entre Filosofia e Pintura
MINISTRANTE: Prof. Ms. Paulo Calvet – Mestre em Filosofia pela PUC-Rio
RESUMO: Para justificar a abordagem do tema proposto, pode-se afirmar que pelo menos desde Platão (A República, Livro X: 596e; 597d; 998a e ss.) filósofos têm feito referências à aproximações entre filosofia e pintura. Platão, através de Sócrates e Glauco, apresenta o pintor como um imitador e, por isso mesmo, afastado em três graus da verdade. Neste sentido, partindo de problemas que para o pensador grego são germinais, pergunta-se: a pintura é imitação do real, é representação do real, ou é criação? O pintor imita a verdade do mundo, recorta a verdade das coisas ou cria para si e para os outros uma nova verdade? Tendo tais questionamentos como horizonte, serão apresentadas algumas reflexões de filósofos contemporâneos que se apropriaram da pintura para exercerem seu pensamento, que tendem a encarar a pintura como criação de uma nova verdade. São eles: Merleau-Ponty, que reflete a partir de Cézanne; Deleuze, que escreve uma obra inteira a respeito do pintor inglês Francis Bacon; Michel Foucault, que trata acerca de Manet; J.F. Lyotard que escreve ensaios sobre Newman; Artaud e seus escritos sobre Van Gogh; e Walter Benjamin e sua interpretação histórica acerca de Klee.
MINICURSO 6: Nas trilhas da memória: historia oral e pesquisa interdisciplinar
MINISTRANTE: Prof. Dr. Edmilson Alves Maia Junior – UFC.
RESUMO: Debateremos a metodologia da historia oral, suas possibilidades, usos e dimensões na pesquisa interdisciplinar, com destaque para os seguintes aspectos: relações entre Historia e Memória; a subjetividade nas ciências sociais; o estudo do tempo presente e suas (re) significações políticas; as interações entre a construção de representações simbólicas e a cristalização de fatos sociais; a análise de narrativas na investigação de identidades como objeto de estudo. Em especial, dialogaremos com os autores: Michell Pollack, Alessandro Portelli, Alistair Thomson e Paul Ricoeur.
MINISTRANTE: Drª Custódia Alexandra Almeida Martins - Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho-Portugal.
RESUMO: O minicurso objetiva apresentar o agrupamento biográfico e categorial da obra rousseauneana; problematizar à luz da educação as questões relativas à cultura e à sociedade; identificar os quatro períodos que compõem esse agrupamento: período precoce; período nostálgico; período esperança; período de desencanto; caracterizar o período nostálgico; analisar o valor epistemológico dos conceitos de ciência e de arte; refletir sobre a necessidade de um discurso crítico como forma metodológica e propedêutica de acção; compreender a actualidade e a dimensão pedagógica do escrito Discours sur les sciences et les arts. Eixos temáticos para reflexão: O Homem (A natureza humana; Homem natural versus Homem social). Princípios estruturantes da pedagogia rousseauneana (1º o respeito pelo desenvolvimento natural do educando; 2º a responsabilidade orientadora do preceptor; 3º a educação negativa); A proposta de Jean-Jacques Rousseau: a educação do solitário.
MINICURSO 7: Questões de cultura e sociedade: um contributo do pensamento pedagógico-filosófico de Jean - Jacques Rousseau
Serão oferecidos 7 (sete) minicursos, e cada participante pode se inscrever em apenas 1 (um) minicurso por dia, efetuando um único pagamento de R$ 10,00.